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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Agronegócio - O Caminho da Amazonia


Agricultura

Nos últimos anos a produção de arroz, milho e feijão vem merecendo atenção especial no setor agrícola do Estado. Nas culturas industriais o destaque fica por conta do café, com a inclusão do Pará no Funcafé - Fundo Nacional do Café.

O dendê também vem merecendo atenção do Governo, que negociou a implantação de um projeto piloto de mil hectares, envolvendo pequenos produtores através de recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Na produção de fibra, as culturas da juta e do algodão foram retomadas e a do Curauá se encontra em processo de consolidação. A soja também merece destaque. Hoje o Pará possui três pólos em plena produção. As áreas escolhidas para o plantio foram as alteradas e as de cerrado, que correspondem à metade da área de soja plantada em todo o país. O Pará é o maior produtor brasileiro de óleo de palma, com uma produção de 79 mil toneladas, quatro vezes maior que o segundo maior produtor, a Bahia.

A produção agrícola é liderada pelas culturas industriais, mas as fruteiras têm grande potencial e suas áreas de cultivo estão em expansão, principalmente as frutas tropicais exóticas, como o cupuaçu, a pupunha e o açaí, além das introduzidas, como o maracujá, o abacaxi e o mamão, todas exigindo processamento tecnológico industrial.

A agroindústria é o caminho apontado por técnicos da Secretaria de Agricultura para o desenvolvimento do setor agrícola do Pará. As ações do Governo do Estado buscam estimular a organização dos produtores em associações ou cooperativas para facilitar o acesso aos recursos financeiros.

CULTURA ALIMENTAR

A agricultura paraense se destaca pela produção de culturas alimentares de ciclo curto, principalmente arroz, feijão, milho e mandioca. Nesta área, o Programa de Sementes Fiscalizadas de Arroz, Milho e Feijão contribuiu para que a produção agrícola do Pará saltasse de 600 mil toneladas, em 1994, para mais de um milhão de toneladas, que deverão ser alcançadas em 1998.

Este sistema é praticado por pequenos produtores, através de programas de colonização e assentamento implementados pelos governos estadual e federal. Os cultivos são, normalmente, feitos de forma consorciada ou de rotação, com baixo padrão tecnológico, sendo ainda bastante freqüente a agricultura itinerante. Este sistema consiste na derrubada e queima da floresta primária ou secundária em pequenas e médias propriedades, caracterizando a chamada Agricultura Familiar. O excedente da produção agrícola familiar é destinado ao abastecimento de centros urbanos.

Segundo o Censo Agropecuário do IBGE, os estabelecimentos de até 100 hectares, que correspondem a 20% da área ocupada do Estado onde predomina a agricultura familiar, são responsáveis por 88% da produção estadual de mandioca, 73% do feijão, 67% do milho, 54% do arroz, 69% da banana, 71% da laranja, 46% do café e 41% do cacau. Mesmo assim só 15% desses agricultores detêm a posse definitiva da terra e, por isso, têm dificuldade de acesso ao crédito rural por falta de garantias reais.

MANDIOCA
A mandioca ocupa uma área plantada de aproximadamente 542 mil hectares e está presente em quase todos os municípios. Em 1997 a área colhida foi de 285.131 hectares e a produção alcançou 3.856.015 milhões de toneladas de raízes, colocando o Pará como o primeiro produtor nacional do produto.

A principal forma de aproveitamento da cultura é a farinha d'água, que utiliza em torno de 95% as raízes produzidas, apresentando um rendimento correspondente a 822 mil toneladas. Além da farinha, a mandioca e seus subprodutos podem ser utilizados ainda como ração para pequenos animais, polvilho, tucupi (usado no tradicional pato no tucupi), goma e maniva (ingrediente principal da maniçoba, comida típica da região feita a partir da folha da mandioca).

GRÃOS
ARROZ, MILHO E FEIJÃO
A produção de grãos no Pará alcança mais de 1 milhão de toneladas, graças ao Programa de Difusão de Sementes da Secretaria Estadual de Agricultura. O Programa consiste na distribuição de sementes fiscalizadas básicas para mini e pequenos produtores. Nesses últimos três anos foram colocadas à disposição dos agricultores mais de duas mil toneladas do produto, beneficiando mais de 45 mil produtores rurais.

Até 1995 as sementes alimentares difundidas eram adquiridas pelo governo de centros produtores fora do Estado. Hoje 60% dessas sementes são produzidas em território paraense.

HORTALIÇAS
A plantação de hortaliças no Estado é praticada comercialmente nas áreas dos municípios próximos à Grande Belém, com uma produção direcionada basicamente para as folhosas, que abastece o mercado com auto-suficiência. Em contrapartida, a produção de hortaliças-fruto é deficiente, com o Pará importando cerca de 95% do que consome.

Para tentar reverter esse quadro, o Governo do Estado vem estimulando o uso de tecnologias nas regiões produtoras, como por exemplo, o processo de plasticultura com irrigação, já aplicado em muitas propriedades.


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